Apesar dos inúmeros progressos no estudo e investigação da doença crónica e do desenvolvimento de toda uma tecnologia direcionada para o diagnóstico precoce, nomeadamente do cancro, o número de pacientes não só tem vindo a aumentar como também a manifestar-se em faixas etárias cada vez mais jovens. 

 Por que razão isto acontece? O que nos falta saber?

  A Epigenética começa a dar os primeiros passos na resposta a estas questões, ao começar a estabelecer a ligação entre a doença crónica e o fator emocional. 

Isto pode-nos soar estranho, visto que vivemos numa sociedade cartesiana, como são todas as sociedades ocidentais, onde as emoções nos merecem muito pouca atenção, já que o Ocidente se fundamenta na máxima de René Descartes, “Penso, logo existo”, o que significa que a existência só é possível através do pensamento, ou seja, a sobrevalorização da Razão em relação à Emoção.

 Curiosamente, é justamente o excesso de razão e de pensamento, seja o nosso, sobre nós mesmos, ou o dos outros a nosso respeito, que nos atormenta e nos destrói, física e psicologicamente, uma vez que cada pensamento gera uma emoção, positiva ou negativa e, quanto mais negativa e maior a carga emocional, mais facilmente somatiza, porque a vibração é demasiado densa, gerando massas, nódulos ou tumores.

Nas nossas sociedades, somos, portanto, ensinados, desde muito pequenos, a recalcar mágoas, frustração, raiva, tristeza, resultando em inseguranças, medos, dificuldade em lidar com as perdas e com os obstáculos da vida.

Embora a Epigenética só agora comece a desvendar o véu do efeito das emoções na doença, essa descoberta não nasceu agora, há já vários milhares de anos que, nas medicinas tradicionais orientais se encontram inúmeras referências ao papel das emoções no desenvolvimento das mais variadas enfermidades.

Mais recentemente, no século passado, por volta de 1928, o Dr. Bach, médico inglês a quem foi diagnosticado um cancro, aos 31 anos, num grau já avançado, influenciado pelo seu conhecimento do efeito terapêutico das plantas e da sua simbologia, observados em diversas civilizações da antiguidade e, igualmente, inspirado nos princípios fundamentais da Homeopatia, o Dr. Bach deu início à preparação dos primeiros Florais que viriam a ficar conhecidos como os Florais de Bach e que se podem traduzir como uma forma subtil de harmonizar o corpo, a mente e as emoções.

Como surgem os Florais de Bach?

O surgimento da sua doença, levou-o a mudar-se para uma zona interior, perto de um bosque, no País de Gales. O contacto com a Natureza, as Flores silvestres, o orvalho e a água muito pura de um riacho, levaram-no à descoberta dos 38 Florais que ainda hoje conhecemos e se encontram facilmente à venda.

Dotado de uma grande sensibilidade e compaixão, tinha por hábito ouvir os seus pacientes com muita atenção. 

Nessas consultas, começou a perceber e a estabelecer uma relação entre as características mentais e emocionais com o surgimento das doenças no corpo físico dos seus pacientes. Por exemplo, uma asma que tinha surgido após fortes emoções ou um problema gástrico após a perda do emprego. Verificou, também, que o medo, em quase todos os casos, estava na base do aparecimento de um ou vários sintomas que acabavam por se materializar num tumor ou numa outra doença crónica.

A Classificação dos Florais de Bach

Bastante conhecedor das propriedades curativas das mais diversas plantas e flores, bem como da importância da ação do sol sobre elas, começou a preparar os primeiros florais e a aplicar em si e nos seus pacientes e a obter excelentes resultados, não parando mais até ao fim da sua vida (1936), não obstante o diagnóstico de escassos meses de vida que, em 1917, lhe tinha sido apresentado.

Após preparar o remédio, dava apenas algumas gotas, quatro a seis vezes ao dia, a cada paciente, já que, quando trabalhamos com terapias energéticas, mais importante do que a quantidade, é a frequência da toma.

A sua larga experiência, permitiu-lhe concluir que os Florais poderiam ser classificados em sete grupos, de acordo com 7 Princípios que estabeleceu e que estão associados a estados de espírito e emoções, como se mostra seguidamente.

FLORAIS DE BACH



         GRUPOS
O do Medo
O da Indecisão
O da falta de Interesse no presente
O da Solidão
Para os que são muito sensíveis a influências e opiniões de outros
Para o Desespero
Para os Controladores

Desta forma, praticamente todos nós, seres altamente emocionais, acabamos por nos incluir em, pelo menos, um destes grupos. Cada grupo inclui um determinado número de remédios, cabe ao terapeuta verificar qual ou quais os mais adequados a cada paciente, podendo utilizar-se de um a três ou quatro remédios em simultâneo.

Compreender o Mecanismo de Ação dos Florais

Tratando-se de uma terapia energética ou vibracional, a ação destes remédios centra-se na elevação da nossa vibração. 

O Universo é vibração, tudo vibra, nada está parado, esta é uma lei universal, nós não fugimos à regra. A frequência em que vibramos determina a saúde ou a doença. Vibrações altas elevam-nos, atraem saúde, alegria, bem-estar, bons relacionamentos, sucesso na vida, as baixas atraem o oposto. 

Os florais de Bach abrem os nossos canais em direção à nossa essência, ao verdadeiro Eu, inundando a nossa natureza de tudo o que necessitamos e eliminando o que nos está a causar a doença, bem à semelhança do que acontece com a musicoterapia, a cura pelo movimento ou a dança. 

O movimento cura, é vida, estagnação é morte. Os Florais geram movimento da energia nos nossos meridianos ou canais energéticos, por isso, desobstruem, dissolvem, desmaterializam as energias mais densas.

Por: Georgina Fonseca, www.centro-homeopatia.pt
Master em Homeopathic Medicine B.I.H., Nutrição Ortomolecular, Naturopatia
Monitora de Yoga e de Qi Gong
Centro de Homeopatia do Algarve – Estoi- Faro

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