Nesta matéria, expomos a importância do apoio psicossocial no tratamento oncológico e de como ele pode assegurar um acompanhamento na busca por recuperação com melhores resultados. Reunir os cuidados médicos relacionados à doença com ajuda psicossocial, pode humanizar o tratamento, ajudar o paciente a lidar com os desafios emocionais, reduzir o estresse, assegurar apoio e assim melhorar a qualidade de vida.

Entende-se por apoio psicossocial todos os processos que envolvem as formas, atitudes, espaços e relações que promovam o bem-estar do paciente em sua plenitude, para isto busca-se utilizar todos os níveis de intervenção interdisciplinar que estejam acessíveis, neste caso no campo oncológico.

Cabe ressaltar a importância do apoio proporcionado pelos familiares, amigos e conhecidos do paciente bem como as ações prestadas pelos profissionais de atendimento psico-oncológico e clínico. O estabelecimento desta rede de suporte, pode ser efetiva no tratamento e resultados. 

O paciente que recebe um diagnóstico oncológico precisa enfrentar o tratamento da doença e se depara com uma dura realidade, muitas vezes inesperada e até inóspita. Junto há uma série de emoções, como tristeza, angústia, incertezas, solidão, medo em relação ao futuro, entre outros desafios que essa doença desencadeia. 

Esses sentimentos são normais frente ao estigma da doença, porém é necessário analisar o espaço de vida de cada paciente e as relações que este mantém para que estas se tornem apoio em todos os momentos e assegurem uma segurança no enfrentamento à doença.

Neste momento, se faz necessário um suporte emocional que venha garantir um apoio seguro e incondicional e se apresente como resistência as diversas intempéries comportamentais que venha enfrentar. Essa colaboração pode ser encontra nas dimensões familiares, nos amigos e colegas, no acompanhamento psicológico e espiritual. 

Na dimensão familiar, os membros que estiverem mais próximos, menos abalados e determinados em dar o acolhimento necessário ao paciente, com visitas, encorajamento, ânimo, alegria e assistência ao familiar de perto para proporcionar-lhe um conforto e restabelecimento. 

Na dimensão dos grupos sociais a importância de todos os amigos, colegas, vizinhos, que se tornem uma presença atuante com diálogos fraternos e de fortalecimento por consequência viver a esperança de melhora. 

Na dimensão psicológica, deve-se preocupar na busca em ajuda de profissionais especializados, no acompanhamento durante e após o tratamento do paciente. O termo psico-oncologia foi utilizado pelo cirurgião oncológico argentino em 1961, José Chavèlson e ficou determinado que é um ramo da medicina que se ocupa da assistência ao paciente oncológico, do seu contexto familiar e social e dos aspectos médico-administrativos presentes no cotidiano desses pacientes. 

Na dimensão espiritual, muitos pacientes encontram alívio e significado de vida e podem até identificar como uma oportunidade de crescimento, estabelecendo-se assim como importante pilar na escuta e conforto dos mesmos. 

Nos últimos anos, a combinação das técnicas terapêuticas no tratamento  oncológico, como quimioterapia, radioterapia, acompanhamento clínico intenso nos exames e medicação, tem proporcionado o sucesso e a cura de muitos pacientes e com isso a necessidade de que a intervenção psicossocial acompanhe e ajude o paciente nas esferas físico e emocional preparando-o assim para uma maior integração no retorno da vida cotidiana que desempenhava. 

Dessa forma, o paciente precisa sentir que não está sozinho e que têm muitos meios e apoio para o enfrentamento da doença. A presença de toda rede torna-se eficaz na melhora e resultados. 

Realizado por: Marques, Maria do Anjo, Licenciada em Geografia e Professora de Antropologia Cultural e Apoio Psicossocial.

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