Por OncoGlam Magazine
A beleza, muitas vezes percebida como um padrão estético universal, adquire uma dimensão profundamente subjetiva quando confrontada com a jornada de uma pessoa com doença oncológica. Imersos numa intensa panóplia de tratamentos, somos frequentemente confrontados com mudanças físicas que desafiam os padrões tradicionais de beleza. A verdadeira beleza transcende a aparência externa e manifesta-se nas camadas mais profundas da nossa existência humana.
Os tratamentos oncológicos, como cirurgias, quimioterapia, radioterapia, entre outros, podem deixar sequelas visíveis, como a perda de cabelo e mudanças na pele. Contudo, é vital reconhecer que a beleza vai além do físico e encontra raízes na resiliência, na coragem e na aceitação. A beleza que não se vê – a força interior, a esperança e a capacidade de adaptação – esta sim, é um componente essencial para uma recuperação integral.
Cuidar para além daquilo que se vê
O autocuidado, que por vezes é colocado em segundo plano diante das exigências dos tratamentos, emerge como uma ferramenta poderosa na jornada de recuperação. Não se trata apenas de cuidados físicos, mas também de uma atenção consciente ao bem-estar emocional e psicológico. Atividades tais como o mindfulness, a prática de exercício físico e a construção de uma rede de apoio social contribuem para a sustentação do equilíbrio mental, auxiliando na resiliência diante dos desafios.
No contexto prático de fortalecimento da autoestima durante o processo oncológico, sugestões tangíveis são essenciais. A expressão artística, como a pintura ou a escrita, pode proporcionar uma saída criativa para expressar emoções. Participar em grupos de apoio e compartilhar experiências com outros pacientes e sobreviventes, que compreendem os desafios enfrentados, cria uma rede de apoio de grande importância.
Cuidar daquilo que se vê
Mas sabemos que o que vemos ao espelho também tem muito peso. E como tal o autocuidado também deve ser levado em consideração. O uso de acessórios que ressaltem a individualidade e a expressão pessoal, como lenços coloridos ou acessórios, brincos e colares, podem contribuir para elevar a autoestima. Opte por roupas coloridas e mantenha a pele sempre protegida do frio e do sol. Além disso, investir em momentos de autocuidado, como fisioterapia, massagens terapêuticas e cuidados com a pele, não nutre apenas o corpo, mas também alimenta a mente.
De facto, o cancro não é bonito, mas a beleza reside na capacidade de transcender as adversidades e utilizar todas as ferramentas existentes a nosso favor. Uma atitude positiva, a determinação em enfrentar os desafios e a preservação da própria identidade durante os tratamentos são aspetos que mantêm viva a nossa beleza interior. A verdadeira beleza é uma qualidade intrínseca que pode iluminar o nosso caminho mesmo nos momentos mais sombrios – porque o cancro não é bonito, mas nós podemos ser.
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Foto: Banco de Imagens @Freepik

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